“É algo que todos precisam ter, alguns dizem que tem, mas na verdade
poucos levam a sério, algumas se mostram preocupadas, mas muitas delas esquecem o
significado da palavra ETICA”.
(Eduardo Botelho, 2000, p.5)
ATIVIDADE
DISSERTATIVA
"Não quero ouvir desculpas. Isto era para
ontem." – Walter estava gritando com seu
coordenador pedagógico.
Como gestor de uma grande escola,
Walter sentia-se constantemente frustrado com a atitude de seus professores e
demais funcionários. Se Walter critica seu corpo docente e demais funcionários,
a recíproca é verdadeira. Todos seus funcionários o detestam e comentam
anonimamente: "Ele acha que se gritar e berrar as coisas vai melhorar. Ele
chegou bem depois de nós, e pensa que sabe tudo. Deixa o tempo passar, e ele
perceberá que os projetos com este grupo de alunos que conhecemos muito bem,
não podem ser encaminhados assim como ele idealizou. Nós conhecemos a realidade
dos estudantes daqui, e ele não se interessa em saber o que já realizamos aqui.
Esta já foi uma escola muito boa para se trabalhar, quando os diretores nos
ouviam e acreditavam em nosso trabalho. Quando pediam a nossa opinião sobre o
que desejávamos para nossa escola".
Walter Albano nasceu e foi criado em São
Paulo. Estudou nos melhores colégios, formou-se em Letras e começou sua
carreira como professor na rede pública. Depois de alguns anos, passou a ser
diretor de uma escola pública na periferia de uma pequena cidade, com o
objetivo de implementar os índices de desempenho da escola, além de gerenciar o
pessoal, integrando toda comunidade escolar, e administrar a verba escolar. Dentre
suas prioridades estavam à melhoria do cumprimento do prazo de entrega dos
planejamentos e das notas por parte dos professores. Quando foi perguntado se
pensava ter qualquer problema com seus docentes, ele respondeu: "Sim.
Parece que não conseguimos nos comunicar."
Baseando-nos no texto acima,
aqui vão algumas orientações para o nosso amigo Walter liderar com competência
a sua equipe.
A liderança é um componente
bastante importante quando falamos em equipes. “Um bom gestor faz as coisas
bem, enquanto que um líder faz as coisas certas” Bennis1996. Liderar é
influenciar a equipe e alcançar metas, e em tempos atuais, não temos a
necessidade de trabalhar em ambientes organizacionais chefiados, mas, sim,
liderados por alguém que tenha conhecimento e pleno desenvolvimento das
capacidades humanas para lidar com seus colaboradores. Vale lembrar que
líderes, adaptam-se facilmente a situações adversas e, principalmente, sabem
conduzir seres humanos diante as mais diferentes situações. É nesse tipo de
gestão de equipes que o líder se destacará por saber conduzi seus colaboradores no sentido de proporcionar
à empresa, redução de custos, além de consolidar-se com este diferencial no
mercado. Os colaboradores têm plena ciência de que são responsáveis pelo
progresso da empresa, e por isso, o comprometimento alcança níveis elevados. No
entanto, vale explicitar que essa mudança deve ser acompanhada de perto por
profissionais que saibam lidar com as premissas do processo, devendo ser feito,
de início, a sensibilização em todos os membros, desde a presidência até o mais
baixo cargo, pois todos deverão sentir-se envolvidos e capazes de lidar em
situações conflituosas.
Assim sendo o líder passa a ser
um consultor e garantidor de condições de trabalho para a organização,
objetivando o crescimento de todos os envolvidos. Além disso, o líder passa a
ser um visionário, sendo capaz de desenvolver estratégias próprias a cada
situação que se apresente, evitando atitudes impensadas e incoerentes,
comprometendo todo o processo de desenvolvimento de sua equipe.
Um projeto para ser bem sucedido é necessário a
eficácia na comunicação. Ela é fundamentalmente entre os usuários, projetistas
e executores, para que tudo ocorra dentro do mais alto nível de compreensão e
clareza em todas as atividades. Falhas de comunicação trazem consequências
desagradáveis durante processo, podem até determinar o seu fracasso. Na
verdade a clareza e a eficiência na comunicação representam um dos pilares bem
sucedido no projeto. O grande
desafio é não apenas passar a informação, mas interpretá-la. Entretanto de nada valerá uma
perfeita comunicação dentro de um projeto se o próprio não estiver alinhado com
os objetivos estratégicos da organização como um todo. A clareza na comunicação
precisa ser estabelecida desde a mais alta administração até os
níveis operacionais, abrangendo todas as áreas envolvidas. Sem esquecer-se
de utilizar os “Três Vês” da comunicação falada, Verbal (as palavras que você
diz), Vocal (tom de voz) e Visual (expressão corporal enquanto fala). Comunicar envolve troca de informação, pois emissor é
responsável por tornar a informação clara, coerente e completa, permitindo que
o receptor compreenda a mensagem. A boa comunicação é um recurso
imprescindível.
Observa-se
ainda que o clima organizacional seja indispensável para a equipe de Walter.
Clima é a percepção coletiva que as pessoas têm da empresa,
através da experimentação de práticas,
políticas, estrutura, processos e sistemas e a conseqüente
reação a esta percepção. È um instrumento voltado para
análise do ambiente interno a partir do levantamento de
suas necessidades. Objetiva mapear ou retratar os aspectos críticos
que configuram o momento motivacional dos funcionários da empresa,
através da apuração de seus pontos fortes, deficiências, expectativas
e aspirações. Esta atitude da empresa eleva bastante o índice de
motivação, pois dentro desta ação está intrínseca a frase
"estamos querendo ouvir você", "você e sua
opinião são muito importantes para nós". A crença
na empresa se eleva sensivelmente. A pesquisa de clima é
uma forma de descrever o ambiente interno da empresa para assim
atacar efetivamente os principais focos de problemas melhorando o
ambiente de trabalho.
É
lamentável notar que o Walter não apresenta características de líder, pois não
consegue observar as
competências pessoais e profissionais dos indivíduos que transformam
estratégia em ação. Não consegue gerenciar os conflitos e nem está aberto às mudanças.
Apresenta Idéias fixas, pré determinadas, imutáveis,
têm grande tendência à paralisação, ao preconceito e, pior ainda, não deixa a
criatividade aflorar.
Na situação em que Walter se encontra nota-se ainda que há uma serie de conflitos que tendem a incomodar e a gerar tensão. Entretanto essa energia que tensiona é a mesma que produz movimento, que induz à ação, sendo este um aspecto positivo do momento de conflito. O conflito não pode ser visto sempre como algo negativo na vida do ser humano. Para que sua positividade possa acontecer vai depender de como lidamos com estas questões. Vivenciar um conflito é a porta de entrada para o consenso que nada mais é do que uma mistura de idéias comparadas e uma conclusão assertiva e comum sobre um determinado tema. Saber lidar com situações conflituosas é saber gerenciar as próprias emoções. A mobilização da raiva e do medo influencia diretamente o comportamento neste momento. Entender e utilizar estas emoções a nosso favor, pensando em amadurecimento e crescimento é uma questão de autoconhecimento e autocontrole. A raiva e o medo não são emoções negativas se bem utilizadas e controladas. Apesar, de muitas vezes, terem expressões intensas, elas podem ser gerenciadas de maneira que se transformem em energia produtiva e criativa. Gerenciar conflitos é antes de tudo aceitar que os seres humanos são diferentes, podem pensar diferente, podem ter objetivos diferentes, valores diferentes e, mesmo assim, conviverem de maneira saudável e com qualidade.
Na situação em que Walter se encontra nota-se ainda que há uma serie de conflitos que tendem a incomodar e a gerar tensão. Entretanto essa energia que tensiona é a mesma que produz movimento, que induz à ação, sendo este um aspecto positivo do momento de conflito. O conflito não pode ser visto sempre como algo negativo na vida do ser humano. Para que sua positividade possa acontecer vai depender de como lidamos com estas questões. Vivenciar um conflito é a porta de entrada para o consenso que nada mais é do que uma mistura de idéias comparadas e uma conclusão assertiva e comum sobre um determinado tema. Saber lidar com situações conflituosas é saber gerenciar as próprias emoções. A mobilização da raiva e do medo influencia diretamente o comportamento neste momento. Entender e utilizar estas emoções a nosso favor, pensando em amadurecimento e crescimento é uma questão de autoconhecimento e autocontrole. A raiva e o medo não são emoções negativas se bem utilizadas e controladas. Apesar, de muitas vezes, terem expressões intensas, elas podem ser gerenciadas de maneira que se transformem em energia produtiva e criativa. Gerenciar conflitos é antes de tudo aceitar que os seres humanos são diferentes, podem pensar diferente, podem ter objetivos diferentes, valores diferentes e, mesmo assim, conviverem de maneira saudável e com qualidade.
Entender as diferenças como forma de crescimento
é o primeiro passo para o gerenciamento. A idéia diferente pode existir e
nem por isso deve ser uma ameaça à integridade física e/ou emocional da pessoa.
Saber ouvir estas diferenças, analisar, ponderar, refletir, são outras
habilidades importantes para uma boa liderança é reconhecer que as diferenças
não significam, necessariamente, mudanças de opinião. Aprender a desenvolver habilidades verbais é
fundamental para um bom entendimento e aceitação em qualquer embate. Saber
ouvir e saber falar (se expressar) é altamente importante no gerenciamento de
conflitos e emoções, pois neste momento do ouvir e falar é que se estabelece ou
não comportamentos auto defensivos, que podem ser prejudiciais às relações. Transformar o negativo em positivo é só uma
questão de ponto de vista. Refletir e analisar são habilidades que se encarregam
desta transformação. Não sabemos perder, mas nos esquecemos que ganhar implica
em esforço, competência, habilidades, tolerância e autocontrole.
A equipe de Walter percebeu que seu líder não
tem uma das principais características indispensável para gerenciar, a ética
como princípio básico de sua administração. A ética pode-se dizer que é na
verdade a educação de nosso caráter. É um
processo consciente, que vamos aprendendo ao longo de nossa vida, e nos
ajuda a escolher entre vícios e virtudes, entre o bem e o mal, entre o justo e
o injusto. É a predisposição habitual e firme, fundamentada na inteligência e
na vontade, de fazer o bem. Ser ético, portanto, é buscar sempre estar de bem
consigo mesmo, combater vícios e fraquezas, cultivar virtudes é buscar ser
feliz. Na definição de Denny (2001, p.134), a ética empresarial, consiste na
busca do interesse comum, ou seja, do empresário, do consumidor, do trabalhador
e do governo.
A prática da ética
nas organizações requer convicção, vontade política e competências adequadas
para tornar as ações empresariais concretas e objetivas, minimizando as
resistências e as incompreensões. Há muitas formas não éticas de agir nas
organizações, ou na vida em geral. Você pode fazer afirmações que não são
verdadeiras, superestimar ou subestimar circunstâncias e situações, reter
informações que deveriam ser compartilhadas, sonegar impostos e burlar leis,
distorcer fatos em seu interesse, contar meias-verdades que redundam em
mentiras dissimuladas com aparência de verdade. Nos conflitos cliente/empresa
deve se levar em consideração a lei vigente que determina os direitos e deveres
de ambas as partes, mas o mais importante a manter o bom relacionamento com o
cliente, reconhecer as falhas da empresas no processo, assumindo os erros e
agindo de forma ética.
Santos (1999, apud Ourives, 2006.
p6) que nos dias de hoje é preciso pensar e pensar rápido, com coragem e
ousadia, numa nova ética. A ética profissional tem como premissa o maior relacionamento
do profissional com seus clientes e com outros profissionais, levando em conta
valores como dignidade humana, auto realização e sociabilidade.
Enfim, a preocupação de Walter deve ser constante, pois liderar com competência
é ser ético e concentrar-se em dois grandes pontos: primeiro, o cumprimento
das obrigações, dentro das normas preestabelecidas; o segundo, com a
equipe pedagógica, docentes e discentes, que mesmo não tendo atendendo aos desejos
do seu líder, precisam ser apoiados com ações encorajadoras. Com esses procedimentos
adequados e resolução dos conflitos, tornar-se-á, então, um líder eficaz.
Referências Bibliográficas:
Bennis, W. et al.. Transparência: Como Criar uma Cultura de
Valores Essenciais nas Organizações. Rio de Janeiro: Campus/ Elsevier,
2008.
BOTELHO, Eduardo, Disponível em: http://www.equifax.com.br/
Acessado em 22/07/2008.
DENNY, Ercílio A. Ética e sociedade. Capivari:
Opinião E., 2001
GIL, Antônio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis
profissionais. São Paulo: Atlas, 2001.
Luck, Heloísa Gestão de
Equipe/ Heloísa Luck. 6. ed. Petrópolis, RJ: Voses, Série cadernos
de Gestão
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